Era uma sexta-feira caótica. O trabalho me soterrava com prazos, e eu ainda precisava ir ao cartório para reconhecer assinaturas. Cheguei e dei de cara com uma fila infernal — umas 40 pessoas à frente. Suspirei, conformado, e me joguei numa cadeira. Seria uma longa espera.
Então, ela entrou. Alta, com uma presença que dominava o ambiente, vestia um conjunto justo que mal escondia suas curvas. Sentou-se ao meu lado, e não resisti: meu olhar varreu seu corpo, dos pés à cabeça. Ela notou, mas não se incomodou. Parecia saborear o efeito que causava.
Os minutos se arrastavam. Meus olhos voltavam a ela, atraídos por algo indefinível. A fila não andava, e minha mente vagava. Quando chamaram minha senha, levantei-me, mas uma voz me parou.